Criado em 1978, ainda durante a Ditadura Militar, o jornal Porantim, do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), é uma fonte valiosa para o conhecimento dos povos indígenas — sua cultura, sua história, sua luta. Entre seus colaboradores ao longo das décadas, incluem-se pesquisadores como Bartomeu Melià, Benedito Prezia e Aryon Rodrigues (cujo clássico pioneiro, Línguas brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas (1986), teve origem em uma série de artigos publicados no periódico em 1982, 1983 e 1984). O nome Porantim se refere, na língua Sateré-Mawé, a um remo ou clava ritual decorada com símbolos que, segundo Nunes Pereira, "têm valor mnemônico, isto é, de preservação da memória da tribo, da História dos Maué, da sua mitologia e da sua tradição" (Porantim, ano I, n. 1, maio/1978). A coleção inteira do periódico, desde sua origem como boletim mimeografado, está disponível online.