Urubú phonemics (Kakumasu 1964); Urubú phonology (Kakumasu 1968)

Entre os materiais produzidos pelo SIL (Summer Institute of Linguistics) e arquivados no CELIN/MN, incluem-se, além de obras publicadas (e, portanto, mais amplamente disponíveis), relatórios de pesquisa e artigos inéditos, de circulação limitada. É o caso de trabalhos como Urubú phonemics (Kakumasu 1964) e Urubú phonology (Kakumasu 1968), compartilhados por Gustavo Godoy em julho de 2018 (portanto, bem antes do incêndio).

Itens assim, de cunho eminentemente descritivo, que vinham circulando por décadas como cópias xerox, tendem a ter maior valor documental que muitos itens publicados, sujeitos a modismos teóricos passageiros como a tagmêmica (que foi extremamente popular entre os linguistas missionários do SIL) e a gramática gerativa transformacional. Para me limitar a um caso que conheço bem: no que diz respeito ao Karajá, pequenos artigos inéditos, mimeografados, como The phonemes of the Karajá language (Fortune & Fortune 1963) e Karajá Grammar (Fortune & Fortune 1964), são contribuições mais valiosas e duradouras que, por exemplo, Gramática karajá: Um estudo preliminar em forma transformacional (Fortune 1973), que se vale de poucos dados para justificar a teoria.

(29 Jun 2019 07:30)

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