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1206. Ara "dia" não abrangia a noite, mas apenas o lapso de tempo entre o nascer e o pôr do sol.

Ara também significava" sol" (VLB 203), tanto quanto kó-ara ou kûara "êste dia" (VLB 305, 346). A seqüência de accepções parece ser: dia, luz (do dia), sol, tempo, mundo (visível à luz do dia), espaço; luz mental (com que vejo ou entendo o mundo), juízo, entendimento.

A noção indígena de "mundo" era modesta, de acôrdo com a limitação dos seus conhecimentos geográficos. Mas os documentos afirmam que os tupis tinham grande conhecimento do sertão e até avançadas noções corográficas. — Existem os nomes do "oriente" kûara (sy) semb-aba, e do "poente" kûara(sy) r-e-iké-aba. Não há os conceitos de "norte" e "sul".

1207. É inútil acrescentar que não se distinguiam segmentos menores de tempo, como "hora", "minuto", etc.

Assinalavam-se certas fases características do dia ou da noite, como a manhã, a tarde, o meio-dia, etc., baseando-se nos fenômenos visíveis, tal como ficou dito do ano. Mas essas fases não dividiam o dia em partes; apenas, acentuavam os seus momentos mais perspícuos.

1208. Pode-se dizer que o tupi não objetiva tanto o tempo, quanto as cousas no tempo.

O tempo, é mais adjuntivo do que substantivo. Exprime-se menos por nomes do que por partículas "temporais" ou por sufixos adjuntivos, como saba (n. 799). O mesmo vale do espaço e lugar, que figuram de preferência como "locativos".

1209. Não parece que em legítimo tupi se concretizassem nomes de lugar a ponto de usá-los como sujeito e objeto de oração. Frases como "Reritiba é formosa", "Gosto de Reritiba", não são de feitio nativo. Os nomes de lugares aparecem também, mais como adjuntivos: "Estou em Reritiba", "Vou para Piratininga", "Venho de Jaguari", etc.

1210. Pelo seu próprio sentido, correspondente a "em", "a", "para", a preposição -pe acompanha freqüentemente os topônimos. O que contribuiu para

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