368. Quando o infinito é complemento indireto, regido de preposição, não há incorporação: o-îeruré nde pytá-rama r-esé: pediu que ficasses Também o infinito pode ter complemento indireto: a-î-kuab asé mbaé r-esé nde mondá-pûera: sei que roubaste as cousas da gente; nd' a-î-potar-i taba suí nde sema: não quero que saias da aldeia; a-îeruré xe r-esé nde maenduar-eỹ'-gûama r-esé: peço que não te lembres de mim; a-îeruré-potar nde-bo mbaé amó r-esé: quero pedir-te uma cousa 369. O infinito não incorporado pode ter também complementos: a-î-potar nde i kuaba: quero que o saibas; a-î-kuab nde i îuká-ram-bûera: sei que o terias matado; nda pe maenduar-i-pe xe i potar-eym-bûera r-esé?: não vos lembrais de que eu não o queria?; ere-î-kuab xe nde r-ausuba: sabes que te amo; ere-î-kuab xe s-ausub-am-bûera: sabes que o amaria; o-î-kuab xe s-ausub-am-bûer-eyma: êle sabe que eu não o amaria (relat.); o-î-kuab xe o ausub-am-bûer-eyma: id. (reflex., n. 316); ere-î-kuab xe nde r-ausub-eỹ-gûama: sabes que não te amarei; a-îeruré nde-be taba suí de sem-am-eyma r-esé: peço-te que não saias da aldeia 370. A incorporação do infinito não é estritamente obrigatória. Encontram-se exemplos como êstes: a-î-potar xe só: quero ir; o-î-potar o só: quero ir; a-î-potar nde îuká: quero matar-te Tal construção, em geral rara, torna-se taxativa, quando a tradução portuguêsa pede “que”: a-î-kuab xe r-eõ: sei que morro; a-î-kuab xe r-eõ-nam-eyma: sei que não morrerei; a-î-kuab xe nde sug-ûam-eyma: sei que não te visitarei Cpr. xe r-eõ-guab: sei morrer |
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