Os substantivos, pronomes e advérbios, quando complementos predicativos, seguem maenduar: ta xe paîé ou ta xe paîé-ne: que eu seja pajé; ta xe paîé umé ou ta xe paîé umé-ne: não seja eu pajé; ta ixé ou ixé-ne: seja eu; ta emonã ou ta emonã-ne: assim seja; ta ixé umé ou ta ixé umé-ne: ta emonã umé ou ta emonã umé-ne: não seja assim 197. O permissivo designa uma deliberação da pessoa que fala: pedindo, convidando, mandando, permitindo ou decidindo. Por isso, corresponde, às vêzes, ao nosso futuro (não absoluto, mas resultante de deliberação): t' a-î-pysyk: apanhe-o eu; apanhá-lo-ei; t' ere-î-pysyk: apanhe-lo tu; apanhá-lo-ás; t' o-î-pysyk: apanhe-o êle; apanhá-lo-á 198. Também equivale a “para que”; e pode-se juntar -te, se o verbo é afirmativo: e-r-ur pirá t' a-ú-ne: traze peixe, comê-lo-ei (para que o coma); a-î-apó pab, t' o-putuú-te: faço tudo, para que êle descanse Nesta acepção, -ne é comum nas 1as pp., excepcional nas outras: t' a-îuká-ne: matá-lo-ei, pois; t' oro-îuká umé-ne: não o mataremos 199. Largamente empregada é a partícula de determinação ká (a mulher diz ky; plural: pá). O verbo pode levar -ne ou -pe. Mas ká, ky e pá só se aplicam aos casos em que o sujeito fala consigo mesmo. Vêm sempre depois do verbo e mesmo de -ne. Pode-se omitir ta: t' a-só ká, t' a-só-ne ká, t' a-só-pe ká, a-só-ne ká, a-só-pe ká: irei; t' a-î-pysyk(-ne) ká: trá-lo-ei; t' a-r-ur-ne ky: trá-lo-ei (diz a mulher) As outras pessoas raramente são acompanhadas de partículas: |
|