82. Se o predicado vem antes do sujeito, o pronome toma as formas ixé, endé, peé (n. 76). Nas outras pessoas, nenhuma diferença: abá ixé: sou índio; kunhã endé: és mulher; morubixaba peẽ: sois chefes; kunhã îandé: somos mulheres 83. Se o predicado vem depois do sujeito, as formas ixé, endé, peẽ são facultativas: xe kurumĩ ou ixé kurumĩ: sou menino 84. O prefixo pessoal da 3ª p. é imprescindível antes do predicado, embora o sujeito seja substantivo ou pronome expresso: y i pirang: o rio é vermelho; y piranga i puku: o rio vermelho é comprido; i pirang Ypiranga: o Ipiranga é vermelho 85. Mas nunca se usa quando o predicado é substantivo ou advérbio: abá: (êle) é índio; soó: são bichos; emonã: é assim, dessa maneira; kunhã ebokûeîa: essas são mulheres; paka soó ou melhor soó paka: a paca é bicho; Tatamirĩ abá ou melhor abá Tatamirĩ: Tatamirim é índio 86. Os verbais formados com o sufixo (s)ara e os nomes de profissões portam-se indiferentemente como substantivos ou como adjetivos. és chefe: morubixaba endé ou endé morubixab ou nde morubixab ou endé morubixaba ou nde morubixaba; êles são comedores de ostras: reri-gû-ara ou reri-gû-ar ou i reri-gû-ar aé 87. Os verbais que começam pelo prefixo poro- (n. 380) mudam-no para moro- ou mboro-: poro-mbo-é-sara: mestre; moro-mbo-é-sara ixé, xe moro-mbo-é-sar, etc.: sou mestre |
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