mbo-kuí ou mo-nguí “moer”, pulverizar" (nunca //mbo-nguí//). Fenômeno semelhante se dá com //nd// em sílaba que preceda nasal. Cpr. //nda xe maenduar-i// não me lembro''; na nde maenduar-i “não te lembras”, etc. Caso de nasalação regressiva encontra-se nos metaplasmos ro = no (n. 501) e î = nh (n. 18): îa- = nha- (n. 112); îe- = nhe- (n. 294); îo- = nho- (n. 295); î = nh (n. 299). 29. O pronome pe parece ter sido nasal, pois, em guarani, modifica o r inicial seguinte para nd: pe r-esá = pe nd-esá vossos olhos; pe r-esé = pe nd-esé por vós; pe r-oby = pe nd-oby vós sois azuis Mas a alteração, comum no guarani, é desconhecida no tupi. 30. Um fonema nasal nasaliza levemente as sílabas vizinhas: kurumĩ ou kunumĩ: menino (pron. kũrũmĩ ou kũnũmĩ) O prefixo ro- torna-se no-, seguido de nasal: ro-tĩ ou no-tĩ; ro-sem ou no-sem Seguido de nasal, o r chega mesmo a diluir-se num som confuso entre r e n (Cfr. guarani moderno): põranga ou põnanga; pĩranga ou pĩnanga 31. Por vêzes r e n se permutam, sem mais: ybá nema (às vêzes ybá rema): fruta fedorenta 32. Dão-se também raros casos de desnasalação: mo-sa-sãî ← mo-sã-sãî: espalhar; mo-su-sung ← mo-sũ-sung: sacudir; umá? ← umã?: onde?; mará-t-ekó ← marã-t-ekó: trabalho; mará-é-tenhéa ← marã-é-tenhéa: fábula, patranha; a-pysyka ← an(ga)-pysyka (cfr. guarani): consolado; hé gûé ← hẽ gûé: olá; pysá-pema ← pysã-pema: unha do pé; amá-tiri ← amã-tiri: raio; Tupã ← Tũpã: † Deus |
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