17. Fenômeno semelhante se dá, mas raramente, quando se encontram duas vogais iguais, uma, tônica, no fim da primeira palavra, a outra, átona, no princípio da segunda:
OBS.: 1. Quando as vogais são diferentes, é possível (embora não normal) a elisão de uma, em geral a átona:
2. Mas sendo a segunda vogal i ou u, fora de sílaba tônica, costuma haver ditongação: xe api + u = xe api-û: atirou-me pedra 18. Î e nh às vêzes se permutam. Junto de nasal é preferido nh: îara: senhor, îu: espinho, nhan: correr, îuba: amarelo, îandé ou nhandé: nós, nosso, îakumã ou nhakumã: estaca de canoa, îundiá ou nhundiá: espécie de peixe 19. S antecedido de i muda-se em x: i+supé = i xupé; i+sy = i xy; i+suban = i xuban. Mas v. n. 28 d). 20. Entre a consoante final de uma palavra e a inicial da outra (sobretudo se há ênclise), ouve-se uma vogal dúbia entre i e u (ANCHIETA ouviu y): a-pab-ne = a-páb(i)-ne; ok-pe = ók(i)-e ou ók(u)-pe; pytun-me = pytún(i)-me ou pytún(u)-me; i xok-pyra = i xok(i)-pyra Dada a natureza incerta dessa vogal, deixamos de anotá-la na escrita. 21. P, m e mb se permutam. Às vêzes também b: a) P inicial, não antecedido de genitivo nem de complemento, torna-se mb: abá pyá: entranhas de homem; mbyá entranhas (de gente); xe pó: minha mão; mbó: mão (v., porém, n. 862). b) Mb inicial = m: às vêzes só se escreve b (n. 3). |
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