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não seria influência lingüística; 3.°) nega-se influência lingüística (entenda-se "gramatical"), depois de reconhecer que o assunto ainda não foi estudado objetivamente; 4.°) admite-se que o simples fato da existência de um mesmo fenômeno num dialeto português é bastante para "desmascarar" a influência tupi no caso do português do Brasil; 5.°) o que implica uma premissa de que dois fenômenos lingüísticos idênticos só possam provir de uma mesma causa.1 Não se sente necessidade "científica" de provar "objetivamente" que houve atuação histórica daquele dialeto na língua do Brasil. Reconhecemos a precipitação de alguns brasileiristas. Mas não são menos patentes os sintomas de lirismo lingüístico em certo reacionarismo lusófilo.

É importante sublinhar que os documentos missionários, se não satisfazem pelo método seguido e pelos objetivos procurados, têm a seu favor a experiência de vidas inteiras no convívio das aldeias. Neste sentido superam a quase totalidade dos trabalhos realizados por especialistas modernos, com tôda a técnica e recursos atuais. Vale das línguas o que diz LOWIE da religião e da vida de familia:

"No tocante a temas como êstes, os missionários, os mercadores de peles e outros, cuja profissão exige longa permanência num determinado lugar, tornam-se amiúde superiores aos próprios especialistas modernos. A religião dos aborígines do Brasil se depreende com maior clareza das crônicas dos primeiros portuguêses, franceses e alemães, que visitaram aquelas regiões, do que dos trabalhos de etnógrafos tão prestigiosos como Karl von den Steinen e Fritz Krause… "2

Eis por que, apesar do progresso dos métodos lingüísticos, as informações que temos sôbre a língua dos antigos tupis e guaranis não foram superadas pelas de nenhuma outra língua indígena atual do país.

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