página 17
nav_first.pngFirst: curso:003
página 3
Edited: 19 Apr 2012 12:59 by: etnolinguistica
Comments: 0
Tags:
nav_prev.pngPrevious: curso:016
página 16
Edited: 09 Mar 2012 15:44 by: etnolinguistica
Comments: 0
Tags:
Last: curso:480
página 480
Edited: 10 May 2012 18:28 by: etnolinguistica
Comments: 0
Tags:
nav_last.png
Next: curso:018
página 18
Edited: 09 Mar 2012 15:46 by: etnolinguistica
Comments: 0
Tags:
nav_next.png

Do equívoco primário de supor o tupi colonial uma língua viva, que possa ser estudada pelo método etnológico-lingüístico, surge outro mal-entendido, evidenciado na assertiva de NASCENTES de que "a transcrição só com Tastevin tomou algum jeito. É esta a transcrição que sigo…".

Dir-se-ia que a língua documentada por TASTEVIN é o mesmo tupi antigo. Ora, o nheengatu amazônico das obras de TASTEVIN é um dialeto civilizado ou "crioulo", falado por descendentes de arauaques, e que do tupi mal conserva o vocabulário, muito alterado e reduzido, tendo simplificado inteiramente a morfologia e a sintaxe, tornando-se uma lingua analítica ao extremo. NASCENTES navega na esteira de TASTEVIN, que cuidou estar tratando com o mesmo tupi colonial, apenas mal apreendido pelos antigos gramáticos.

Prossegue NASCENTES:

"numa época em que se dispõe de aparelhos de gravação, palatos artificiais, olivas nasais, quimógrafos, etc., não nos podemos contentar mais com informações teóricas".

Consigne-se aqui êsse paradoxo de exigir para o estudo do tupi um rigor "científico" que não se aplica ao estudo da língua portuguêsa. Em valiosa obra, ainda há pouco reimpressa, sôbre língua viva (o linguajar carioca), o sr. A. NASCENTES não se serviu de nenhum dêsses aparelhos que declara indispensáveis para observação do tupi, língua morta. O linguajar carioca, e mesmo a fala brasileira em geral, tão nitidamente diferenciados da fala portuguêsa, já foram objeto de observações através de palatos, olivas ou quimógrafos? A filologia brasileira, tão erudita e rigorosa com os indigenistas, contenta-se, para uso interno, com informações "teóricas"? Será a técnica moderna menos útil ou accessível para a caracterização fonológica dos dialetos românicos?

Sejamos sinceros. Certa filologia brasileira está mais bem informada sôbre a dialetologia portuguêsa (continental e colonial) do que sôbre a lingua que se fala no Brasil. Mais voltada para o português arcaico e clássico do que para a realidade lingüística nacional. Trata mais das construções de GIL VICENTE e do Palmeirim da Inglaterra do que do vocabulário brasileiro. Condena indistintamente tudo o que se tem escrito sôbre tupi, tachando de antiquados, líricos, artificiais os métodos seguidos, mas não dá exem-

nav_first.pngFirst: curso:003
página 3
Edited: 19 Apr 2012 12:59 by: etnolinguistica
Comments: 0
Tags:
nav_prev.pngPrevious: curso:016
página 16
Edited: 09 Mar 2012 15:44 by: etnolinguistica
Comments: 0
Tags:
Last: curso:480
página 480
Edited: 10 May 2012 18:28 by: etnolinguistica
Comments: 0
Tags:
nav_last.png
Next: curso:018
página 18
Edited: 09 Mar 2012 15:46 by: etnolinguistica
Comments: 0
Tags:
nav_next.png
This site is part of the Etnolinguistica.Org network.
Except where otherwise noted, content on this site is licensed under a Creative Commons Attribution 3.0 License.