Biblioteca Digital Curt Nimuendajú

Arquivo enviado pelo autor em junho de 2024

Este ensaio é parte das Memórias sobre as colônias agrícolas que tiveram sede na villa de Santo Antônio do Prata, entre 1898 e 1925, situada no Município de Igarapé-Assú, Pará. Foram três as colônias instaladas na região do Prata, um dos rios da zona de influência da Estrada de Ferro de Bragança. A primeira foi colônia catequético-indígena de setembro de 1898 a março de 1921; a segunda, colônia correcional de junho de 1921 a agosto de 1923; a terceira, a Lazarópolis, primeira colônia agrícola de hansenianos do Brasil, foi oficialmente fundada em 24 de junho de 1924, o ano da morte de seu principal administrador.

Frei Daniel de Samarate morreu em 19 de maio no Leprosário do Tucunduba, em Belém. Ali, como interno, viveu 10 anos. Ele viveu no Instituto da Infância Desvalida do Prata por 13 anos. Foi o artífice do urbanismo e da arquitetura que serviu às colônias que sucederam à catequético-indígena e estabeleceu uma parceria profícua com o Museu Paraense de História Natural e Etnografia. Foi quando conheceu a zoóloga nascida na Prússia e o indigenista alemão, naturalizado brasileiro, dois dos três personagens cujas trajetórias científicas tomei emprestado para escrever sobre o papel e as contribuições da primeva Colônia do Prata à Ciência – do e no Estado do Pará.

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