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RIBEIRO, Darcy

Eis o Serviço de Proteção aos Índios, com tôdas suas glórias e misérias.
A primeira parte desta instrutiva publicação editada pelo Ministério da Agricultura trata dos fundamentos ideológicos, terminando na frase seguinte: "Os últimos quatro anos, de administrações militares já não inspiradas nos princípios filosóficos positivistas, como ao tempo de Rondon, ou em quaisquer outros, conduziram o S. P. I. ao ponto mais baixo de sua história, fazendo-o descer em certas regiões, à condição degradante de agente de sustentação dos espoliadores e assassinos de índios." (pp. 38-39).
A segunda parte aprecia crìticamente os cinqüenta anos de atividade daquele Serviço e conclui: "Na verdade, a obra de pacificação atende mais às necessidades de expansão da sociedade nacional que aos índios. A obra de assistência, esta sim, é que atenderá às necessidades propriamente indígenas. Todavia, no campo da assistência e da proteção, o S. P. I. falhou freqüentemente." (p. 99).
A terceira parte apresenta recomendações para a ação protecionista dignas de serem aprovadas por qualquer etnólogo e por todos os amigos do índio.
Cf. os comentários de Roberto Cardoso de Oliveira em América Latina, ano 6, n. 2, Rio de Janeiro 1963, pp. 128-130, e de Egon Schaden em Aculturação Indígena, São Paulo 1964, pp. 39-40 e 282.

(p. 581-582)

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