2446

<

>



MURPHY, Robert F.
  • Matrilocality and Patrilineality in Mundurucú Society. American Anthropologist LVIII, n. 3, Menasha 1956, pp. 414-434. Bibliografia.

Hàbilmente combinando dados tirados da literatura com material colhido em própria pesquisa de campo, o autor apresenta interessantíssimo estudo da organização social dessa tribo do alto Tapajós. Depois de pôr em dúvida a classificação lingüística dos Munduruku como Tupi e referir-se ràpidamente à história dêsses índios, trata da sua integração tribal. Frisa que suas aldeias, embora polìticamente autônomas, formavam um todo sócio-cultural ligado por uma série de instituições e padrões culturais. Os Mundurukú consideravam-se a si mesmos como grupo unitário, sendo para êles mais importante pertencer a um clã não localizado do que a determinada aldeia. Havia patrilinearidade a quase todos os respeitos. As metades tribais exógamas eram patrilineares e subdivididas em clãs patrilineares. A página 420 apresenta a nomenclatura vocativa e descritiva ("referential") de parentesco usada pelo homem.
Depois de reconstruir a vida antiga na aldeia em suas diversas funções, o autor estuda a passagem da patrilocalidade à matrilocalidade, ocorrida, provàvelmente, na primeira metade do século XIX naquela sociedade tipicamente patrilinear, considerando nela uma possível futura transição para a matrilinearidade.
Cf. o comentário de Paula Brown intitulado "Unilineal, Bilineal, and the Mundurucú" (American Anthropologist LIX, 1957, n. 5, pp. 892-893) ao qual respondeu o autor ibidem, pp. 893-894.

(p. 501-502)

This site is part of the Etnolinguistica.Org network.
Except where otherwise noted, content on this site is licensed under a Creative Commons Attribution 3.0 License.