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GALVÃO, Eduardo
  • Aculturação indígena no Rio Negro. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, N. S., Antropologia n. 7, Belém do Pará 1959. 60 pp., 18 pranchas fora do texto, resumo em inglês. Bibliografia.

Depois de tratar resumidamente da distribuição e classificação da população indígena atual daquela região, o autor inicia o estudo da "área cultural" com a seguinte frase: "Não obstante a diferença de língua e de alguns padrões sócio-culturais, as grandes tribos Baniwa e Tukano partilham de traços culturais bàsicamente semelhantes, constituindo uma área cultural, dentro do chamado Tipo Floresta Tropical" (p. 14). Passa, então, a apresentar dados sôbre aquisição do sustento, indústria, indumentária, habitação, organização social e religião, chegando à seguinte conclusão: "O processo de mudança cultural entre os índios dessa área tende à assimilação dessas tribos pela sociedade nacional. Não levando em conta, diferenças em aspectos acessórios, a homogeneidade cultural manifesta entre os diferentes grupos, em si mesma uma resultante de processo de aculturação inter-tribal, é fator positivo para essa assimilação. Independente de sua origem tribal, todos êsses índios têm uma experiência e uma tradição comum no processo de acomodação e adaptação à sociedade dominante….O fator preponderante de acomodação e ulterior assimilação é sem dúvida a ativa participação do índio na vida econômica local, dependente exclusivamente de indústrias extrativas…As aldeias do baixo Içana e Uaupés, mais expostas ao contacto, não se opõem ou contrastam com os núcleos regionais caboclos em têrmos de 'maloca' e 'povoado'. A maloca está em processo de franca decomposição e o povoado ainda não surgiu da aglutinação de sítios. As aldeias indígenas, dessas áreas, são antes extensões da sociedade rural e dela dependentes econômica e socialmente, como segmentos do continuum folk-urbano." (pp. 55-56).

(p. 322)

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