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DREYFUS, Simone

Na introdução, referindo-se às suas pesquisas de campo entre dois grupos dêstes Gê do Pará, a autora declara: "Partie de Rio de Janeiro à la mi-mai 1955, nous avons d'abord passé deux semaines au poste indigène du Rio Fresco où se trouve le village des Kayapo-Gorotire." Indica o estado de aculturação dêste grupo e acrescenta: "Leurs voisins Kubenkrãnkẽñ, dont le village est situé à une demi-heure de vol, offraient le spectacle plus réconfortant d'une société cohérente et encore sûre d'elle-même. C'est chez eux que nous nous sommes installée pour cinq mois, coupés par un bref retour chez les Gorotire, au moment d'une grande migration Kubenkrãnkẽñ" (p. 10). Depois de tratar ràpidamente da história e localização geográfica dos Kaiapó (pp. 13-20), bem como de sua cultura material (pp. 21-43), concentra, nos dois capítulos maiores (pp. 45-128) dessa notável monografia, o interêsse nos aspectos sociológicos, estudando o ciclo de vida do indivíduo, o sistema de parentesco com a respectiva nomenclatura, os grupos sociais e, por fim, os problemas da estrutura social dos Kaiapó em confronto com os de outros Gê. Nesta parte comparativa considera, especialmente, os trabalhos de D. Maybury-Lewis. No capítulo V (pp. 129-138) é analisada a música kaiapó. No capítulo VI (pp. 139-160), os textos de mitos colhidos entre os Kubenkrankegn por A. Métraux, saídos em 1960, na Revista do Museu Paulista (B. C. 2421) e reproduzidos no presente livro como apêndice I (pp. 167 a 194), são comparados com os de outras tribos sul-americanas.
O capítulo final (pp. 161-165) constitui um "Essai de caractérisation de la culture Gé" considerando a afiliação lingüística, a economia e as técnicas, a estrutura social e a mitologia. O apêndice II (pp. 195-196) encerra dados demográficos.
Por lapso, a autora, à p. 59 atribui a mim uma observação feita por Ehrenreich sôbre a forma do entêrro (e não "enteiro" como ela erradamente cita). À p. 82, nota 2, traduz o vocábulo inglês "wives" para o francês "veuves" a fim de mostra que a "sociedade das mulheres" cherente descrita por Nimuendajú (B. C. 1106, p. 65) era dirigida por viúvas como a kaiapó.
Cf. os comentários de Anton Lukesch na Revista do Museu Paulista, N. S., XV, São Paulo 1964, pp. 411/412, de William H. Crocker no Handbook of Latin American Studies, XXVII, University of Florida Press, 1965, item 1215, e de Egon Schaden na Revista de Antropologia, XIV, São Paulo 1966, pp. 155/156.

(p. 250-252)

[Em 1972 saiu no México a edição castelhana, com tradução de Carmen Viqueira, Los Kayapo del Norte : Estado de Pará-Brasil : contribución al estudio de los indios Ge, pelo Instituto Indigenista Interamericano, com xiv + 246 p., 2 mapas, notas de música e 12 gráficos no texto; essa edição apresenta algumas pequenas ilustrações que não constam do original e não contém as 27 figuras (fotos) em pranchas do original; além disso, o quadro desdobrável, fora do texto, sobre a distribuição dos mitos do original, foi muito reduzido para caber em uma página (p. 176).]

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