2006

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CARVALHO, Anselmo V.
  • Entre os índios "Mudjetire". Mensageiro do Santo Rosário, n. 720, Rio de Janeiro 1959, pp. 12, 13 e 15, 3 figuras no texto. ― Meu encontro com os "Mudjetire". Ibidem, n. 721, pp. 6-9, 3 figuras no texto. ― Vida e costumes dos "Mudjetire". Ibidem, n. 722, pp. 12/13, 3 figuras no texto. ― Alguns aspectos da arte e língua dos índios "Mudjetire". Ibidem, n. 724, pp. 12-14, 2 figuras no texto.

O n. 720 trata das expedições em procura dêsses fndios da bacia do Araguaia, realizadas de 1951 a 1958 pelo frei Gil Gomes. No n. 721 o autor descreve a visita que, em 1958, fez à aldeia da mesma tribo, chamada de Mudjetire pelos Kaiapó, ao passo que o nome que ela mesma se dá, seria Muxenâ (pp. 8/9). Um Tapirapé que acompanhou o autor, declarou-lhe ter entendido "quase tudo" o que foi falado na língua dos visitados (p. 8). Do n. 722 sejam transcritas as seguintes observações: "…a aldeia Muxenâ era composta de cinco casas de diferentes tamanhos e notáveis variações arquitetônicas. A disposição geral das casas formava um quadrilátero um pouco irregular, exceção feita da quinta casa, por trás da principal, completamente fora do alinhamento geral. Ao centro do quadrilátero, um grande terreiro, onde às vêzes, segundo depoimento de componentes de expedições anteriores, se encontra um grande círculo de paus a pique, em tôrno do qual executam-se danças. Quando da minha chegada, nada havia no centro…". "São de estatura baixa, não tendo chegado à altura do meu nariz o mais alto que encontrei. Tendo eu 1 m. 75, calculo que o mais alto que encontrei devia medir 1 m. 60." "Não vimos nenhuma tatuagem… Nem mesmo o clássico furo no lábio inferior ou a jarreteira tão comuns entre os índios da região." "Vestimentas. Nenhuma, nem mesmo tangas. Apenas o estôjo peniano, grande, largo." "Os Mudjetire são, sobretudo, agricultores."
No número 724 são apontadas as seguintes semelhanças com traços da cultura tapirapé: ponta da flecha, cestos, rêde de dormir e o uso do nó chamado "volta da ribeira" para atá-la nas árvores (p. 12).

(p. 188-189)

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