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IHERING, Hermann von

O autor escreveu êste artigo defendendo-se contra a onda de indignação provocada, no Brasil, pela aparente indiofobia de seu trabalho "A anthropologia do Estado de São Paulo". Os seguintes trechos de seu "Programa para tratamento dos indigenas do Brasil" evidenciam seu ponto de vista etnocêntrico.

"Ainda que o índigena possa muitas vezes fundir-se economicamente com o homem civilizado, ainda que em parte se assimilem à população rural, nem por isso as medidas postas em prática em favor dos indígenas se devem considerar como conquista de novos elementos de trabalho, mas simplesmente como um ato de nobreza e de amor da raça vencedora para com a vencida." (p. 132).

"Nenhuma outra catequese excede à dos missionários, pelo zêlo sincero dos catequizadores à obra por êles considerada santa ou meritória, quando estabelecida de acôrdo com as disposições do govêrno com a devida fiscalização." (p. 133).

"Os índios serão equiparados aos outros cidadões da República, denunciando-se e julgando-se os crimes de que forem vítimas pelo direito comum brasileiro… Os índios assaltantes, que impedem o desenvolvimento regular da civilização, serão aldeados mesmo à fôrça e até por meio de bandeiras, como já há muito o recomendava José Bonifácio, ainda que se devam o mais que possível evitar recursos extremos." (p. 134).

O artigo contém interessantes informações sôbre relações belicosas entre índios e neo-brasileiros. Seu valor principal para a Etnologia consiste no mapa anexo, que é explicado às páginas 138-140.

(p. 320-321)

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