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FERNANDES, Florestan
  • Organização social dos Tupinambá. 2 a. edição revista e ampliada. Prefácio à segunda edição, de Herbert Baldus. Coleção «Corpo e Alma do Brasil», XI. São Paulo 1963. 375 pp. in-8°, diagramas no texto, 1 tabela fora do texto. Bibliografia.

Esta reedição destaca-se da primeira, principalmente pelo uso do Ms. inédito de Thevet (cf., por exemplo, as pp. 175 e segs. a respeito da couvade).

Acréscimo importante é, também, a «Nota explicativa» do autor (pp. 9-11).

Só depois de publicada a segunda edição descobri um lapso (p. 131) que, aliás, ja figurara na primeira (p. 115): No estudo da divisão sexual do trabalho, o autor menciona como tarefa feminina a fabricação de «cestos trançados de junco e de vime», citando como fonte Léry (B. C. 848) na tradução de Sérgio Milliet, p. 211. Acontece, porém, que nem esta versão portuguêsa nem o original francês (segunda edição de 1580, p. 278) especificam quem, homem ou mulher, fabricava êstes trançados ao indicar sua matéria prima, seu nome e sua finalidade. É de supor fôssem feitos pelos homens, como os cêstos de fôlhas de palmeira e caniços sem nós, referidos por Claude d'Abbeville (B. C. 2) e incluídos por Florestan Fernandes (p. 133) entre os produtos masculinos. Trançar cêstos compete ao homem também entre Tupi modernos como os Tapirapé.

(p. 759-760)

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