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EHRENREICH, Paul

Do material lingüístico das mencionadas tribos, em que consiste o presente trabalho, o dos Karajá foi recolhido pelo autor durante sua viagem pelo Araguaia em 1888; o dos Kaiapó do norte, dialeto "cradaho" (pp.116-135), foi comunicado a Ehrenreich, em Leopoldina, por uma mulher casada com brasileiro; o dos Kaiapó-do norte, dialeto uchikring (pp.135-136), foi dito por um menino, no pôsto militar de Jurupensem, situado entre Goiás e Leopoldina; o dos Kaiapó do sul (pp. 136-137) compõe-se de dois vocabulários dos Kaiapó de Sant'Ana de Paranaiba recolhidos por Nehring e Kupfer, e das palavras dos Kaiapó do aldeamento de José de Mossamedes, perto de Goiás, publicadas por Martius; o dos Chavante e Cherente que, segundo Ehrenreich, se designam com o nome comum de Akuä e cujos dialetos são muito semelhantes, foi recolhido pelo autor, que o obteve em 1888, de duas Chavante em São José e de um Cherente em Santa Maria do Araguaia; o dos Guajajara foi comunicado a Ehrenreich por um fazendeiro dêste mesmo lugar que estava por anos inteiros em relações com essa tribo tupi, e o dos Anambé foi obtido por Ehrenreich de um chefe desta outra tribo tupi em Arapari; o dos Apiaká, isto é, não da tribo tupi com êste nome que mora no Tapajós, mas da tribo karaíb homônima da qual Ehrenreich encontrou alguns indivíduos "civilizados" perto da Praia Grande dos Arroios no Baixo Tocantins, foi recolhido pelo autor, dêstes mesmos indivíduos e comparado com as palavras correspondentes de outros idiomas karaíb publicadas por Karl von den Steinen e Lucien Adam; o dos Paumari e Iamamadi foi reunido por Ehrenreich entre essas duas tribos aruak do rio Purus.

É ainda interessante a notícia (XXVII, p.149) de que os Chavante do rio das Mortes atacaram, em 1887, uma expedição brasileira, obrigando-a a voltar.

(p. 216-217)

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