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AYROSA, Plinio M. da Silva 1895-

Ayrosa atribui a autoria dêsse dicionário a Frei Onofre. A primeira parte foi reproduzida várias vêzes e, até, traduzida para o alemão e publicada para inversão e notas comparativas por Julius Platzmann (Das anonyme Wörterbuch Tupi-Deutsch und Deutsch-Tupi. Leipzig, Teubner, 1901. xxxii, 642 pp. in-4º. Com um mapa do rio Amazonas).

Ferd. Hestermann (Zur Ausgabe "Julius Platzmann: Das anonyme Wörterbuch Tupi-Deutsch und Deutsch-Tupi", Folia ethnoglossica I, n.2, Hamburg 1925, pp.14-18) já tinha sugerido o nome de Onofre, negando decisivamente a possibilidade de João Daniel ter sido o autor.
Na opinião de Dahlmann (apud Serafim Leite: Páginas de História do Brasil, p.66, nota 66), aquela parte se baseia no "Manuscrito da Lingua Geral do Brasil" saído "com toda a probabilidade da pena do famoso Jesuita João Daniel". Leite (ibidem) menciona ainda, a respeito, Francisco Rodrigues: A Formação Intelectual do Jesuíta, Porto 1917, p.379.

Cf. também Ayrosa: Apontamento etc., pp.199-203, e Paula Martins: O Dicionário etc.

M. de L. de Paula Martins dá o seguinte resumo de suas Notas referentes ao "Dicionário Português-Brasiliano e Brasiliano-Português" (Boletim Bibliográfico XII, São Paulo 1949, pp.121-147, 3 pranchas fora do texto): "O exame documental da 1ª parte do 'Dicionário Português-Brasiliano e Brasiliano-Português' acusa enganos graves no texto, que não reproduz com exatidão nem completamente o manuscrito original, introduzindo-lhe, entretanto, formas estranhas a êle.

"Embora o Prof. Plínio Airosa atribua a obra a Frei Onofre, missionário não identificado, a A. considera-a apócrifa. Frei Onofre terá sido o autor da inversão vocabulário anexa à 'Poranduba Maranhense'.

"Encerrando a publicação falhas mais ou menos graves, sugere a conveniência de se reeditarem a 1ª (português-brasiliano) e sua inversão (brasiliano-português), baseadas nos respectivos originais.

"Do manuscrito onde se encontra o Dicionário, destaca o capítulo referente a advérbios tupis, mostrando que encerra referência ao seu autor, muito anterior 1751, e, provàvelmente, autor do vocabulário. Êsse capítulo revela curiosas coincidências com o capítulo 'Do Advérbio' da 'Arte' de Luiz Figueira." (p. 147)

(p. 82)

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